Olá Pessoal!
Entre os dias 09 e 11 de dezembro foi realizado, em Araraquara (SP), o IV Congresso Brasileiro de Educação Sexual UNESP - UEL - UDESC, juntamente com o VI Simpósio de Sexualidade e Educação
Sexual “Paraná – São Paulo – Santa Catarina” e o IX Colóquio Grupos de Pesquisa
sobre Formação de Educadores e Educação Sexual.
O Pibid estava lá, apresentando mais um trabalho!
Segue o resumo:
VIOLÊNCIA CONTRA MULHER: DISCUTINDO A CULTURA DO ESTUPRO EM SALA DE AULA
Nathália Hernandes Turke
Felipe Tsuzuki
Maria Lúcia Correa
Virgínia
Iara de Andrade Maistro
Apesar de questões de gênero ter sua origem nas relações entre homens e
mulheres e nos significados construídos historicamente, é evidente a sua
dimensão cultural e social, podendo ganhar vida própria e servir de referencial
para práticas com o poder instituinte, sendo capaz de moldar a forma de agir
das pessoas – perpetuando significados antigos ou estabelecendo, em
determinados meios, práticas diferenciadas das realizadas por esses mesmos
homens e mulheres em outros espaços de sua convivência. Considerando que as
identidades femininas e masculinas são produtos de processos educativos,
torna-se relevante examinar em que medida a escola está implicada com a
produção de diferentes e conflitantes modos de conceber e de viver o gênero e a
sexualidade. Nesse contexto, problematizar estereótipos e questionar
naturalizações impostas por uma cultura androcêntrica
pode possibilitar a reconstrução de valores relacionados principalmente no que
se refere à questão da mulher na sociedade, mais especificamente, como objeto
desse trabalho, a cultura do estupro. Tendo em conta tal temática, o papel da
escola pode ser relevante ao evidenciar ações estabelecidas e costumeiras que
demonstram relações de poder e opressão em relação à mulher. Levando-se isso em
consideração, o presente trabalho apresenta a reação de alunas e alunos dos 6º
anos do ensino fundamental de uma escola da rede estadual de Londrina-PR a duas
aulas cujo tema foi a problematização da cultura do estupro. Para tal,
utilizaram-se slides com fotos de diferentes pessoas [homens e mulheres (cis e trans)], com distintas idades (bebes, crianças, jovens e adultos)
em diversos ambientes (trabalho, casa, festa, igreja). Para todas as imagens
observadas, os discentes puderam anotar em uma folha de papel, anonimamente, os
“motivos” pelos quais imaginavam que esta ou aquela pessoa havia sido
estuprada. Fez-se uma discussão sobre o assunto abordado, possibilitando
reflexão a respeito do tema e, por meio de registros escritos ao decorrer das
discussões, observou-se que, ao final da aula, houve mudanças nas noções tidas
como naturais relacionadas a atitudes machistas e preconceituosas,
possibilitando a percepção da importância e necessidade de abordar assuntos
relacionados a essas
temáticas em sala de aula.
Palavras-chave: Escola;
Assédio sexual; Cultura do Estupro; Machismo; Preconceito.
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Professora Virgínia Maistro, Nathália Turke e Felipe Tsuzuki. |
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Nathália Turke e Felipe Tsuzuki apresentando o trabalho. |
Parabéns pessoal!
Até o próximo post!
#EquipePIBID