quarta-feira, dezembro 14, 2016

IV Congresso Brasileiro de Educação Sexual

Olá Pessoal!

Entre os dias 09 e 11 de dezembro foi realizado, em Araraquara (SP), o IV Congresso Brasileiro de Educação Sexual UNESP - UEL - UDESC, juntamente com o VI Simpósio de Sexualidade e Educação Sexual “Paraná – São Paulo – Santa Catarina” e o IX Colóquio Grupos de Pesquisa sobre Formação de Educadores e Educação Sexual.

O Pibid estava lá, apresentando mais um trabalho! 

Segue o resumo:

VIOLÊNCIA CONTRA MULHER: DISCUTINDO A CULTURA DO ESTUPRO EM SALA DE AULA

Nathália Hernandes Turke
Felipe Tsuzuki
Maria Lúcia Correa
Virgínia Iara de Andrade Maistro

Apesar de questões de gênero ter sua origem nas relações entre homens e mulheres e nos significados construídos historicamente, é evidente a sua dimensão cultural e social, podendo ganhar vida própria e servir de referencial para práticas com o poder instituinte, sendo capaz de moldar a forma de agir das pessoas – perpetuando significados antigos ou estabelecendo, em determinados meios, práticas diferenciadas das realizadas por esses mesmos homens e mulheres em outros espaços de sua convivência. Considerando que as identidades femininas e masculinas são produtos de processos educativos, torna-se relevante examinar em que medida a escola está implicada com a produção de diferentes e conflitantes modos de conceber e de viver o gênero e a sexualidade. Nesse contexto, problematizar estereótipos e questionar naturalizações impostas por uma cultura androcêntrica pode possibilitar a reconstrução de valores relacionados principalmente no que se refere à questão da mulher na sociedade, mais especificamente, como objeto desse trabalho, a cultura do estupro. Tendo em conta tal temática, o papel da escola pode ser relevante ao evidenciar ações estabelecidas e costumeiras que demonstram relações de poder e opressão em relação à mulher. Levando-se isso em consideração, o presente trabalho apresenta a reação de alunas e alunos dos 6º anos do ensino fundamental de uma escola da rede estadual de Londrina-PR a duas aulas cujo tema foi a problematização da cultura do estupro. Para tal, utilizaram-se slides com fotos de diferentes pessoas [homens e mulheres (cis e trans)], com distintas idades (bebes, crianças, jovens e adultos) em diversos ambientes (trabalho, casa, festa, igreja). Para todas as imagens observadas, os discentes puderam anotar em uma folha de papel, anonimamente, os “motivos” pelos quais imaginavam que esta ou aquela pessoa havia sido estuprada. Fez-se uma discussão sobre o assunto abordado, possibilitando reflexão a respeito do tema e, por meio de registros escritos ao decorrer das discussões, observou-se que, ao final da aula, houve mudanças nas noções tidas como naturais relacionadas a atitudes machistas e preconceituosas, possibilitando a percepção da importância e necessidade de abordar assuntos relacionados a essas temáticas em sala de aula.


Palavras-chave: Escola; Assédio sexual; Cultura do Estupro; Machismo; Preconceito.

Professora Virgínia Maistro, Nathália Turke e Felipe Tsuzuki.

Nathália Turke e Felipe Tsuzuki apresentando o trabalho.

Parabéns pessoal!

Até o próximo post!
#EquipePIBID

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